Quando conheci Sleigh Bells em 2011, eu escrevi que era um som pra todo mundo, críticos de verdade disseram o mesmo, sentamos e esperamos, tínhamos descoberto uma banda que ia estourar, todos escutariam e nós todos poderíamos falar: Eu já escutava antes! Bem, ninguém escuta Sleigh Bells, ninguém que eu conheço (ou quase ninguém), para quase todos que eu mostrei me perguntaram se eu tava zuando. Em uma viagem de carro, quando coloquei Sleigh Bells para tocar me perguntaram se eu ou o cd sairia do carro. Mas pelo que percebi, nos EUA Sleingh Bells tem bastante público.
Mas que diabos é Sleigh Bells:
Duo de noise pop formado em 2008 no Brooklyn - Nova York. É formado por Derek E. Miller (guitarrista, produtor e escritor[em outras palavras: TUDO!]) e Alexis Krauss (vocal). Seu primeiro EP de 2009 é Sleigh Bells e seu disco de estréia e Treats de 2010, seguido por Reign of Terror (2012) e Bitter Rivals (2013).
Treats:
É um disco bem moderno, cru e distorcido, e bota distorcido nisso, nesse primeiro álbum quase não se distingue instrumentos como eles vieram ao mundo. O estilo explica bem noise pop, é exatamente isso que se escuta.
Faixas:
Tell`Em: Começa com uma guitarra distorcida e um e uma batida mais distorcida ainda, pesado para o padrão pop. O vocal leve se contrapõe. A letra se repete e se alterna junto ao ritmo, uma letra provocativa indagando sobre a juventude ser assim. Nada muito profundo, é a pancada da melodia que conta.
Kids: Começa com a guitarra distorcida, parece um tipo de sirene, a batida eletrônica acompanha, o som é sujo e distorcido. Alexis canta sobre a praia, água, férias e sangramento no nariz. A música tem uma narração incidental e pauas. Muito boa.
Riot Rhythm: Batida suja, guitarra distorcida e um vocal lírico, segue um back vocal gritado, como líderes de torcida. Melhor amiga, lutar contra raios e revolta contra disciplina.
Infinity Guitars: a batida nessa música é mais predominante que a guitarra, lembra algo mais de gueto do que do Broklin, O vocal é mais gritado, música para escutar bem alto. A letra não tem grande importância, algo sobre acordes surdos, guitarras infinitas, caras heterossexuais. O clímax da música é na aprte final quando a guitarra entre duma vez, pena que ela acabe nessa parte, essa é uma música que eu fico com vontade de saber o que acontece depois, mas ela simplesmente acaba.
Run The Heart: Vocalizações, distorções, batida eletrônica e barulhos montam uma melodia melancólica e um tanto dançante. Sobre relacionamentos e saber o que é melhor para o outro. A letra repete alternando com o ritmo.
Rachel: Uma guitarra distorcida, mais um instrumento mais distorcido ainda, talvez outra guitarra, uma percussão que toca intercalada, como um estalo, e um vocal melancólico. Nenhum dos elementos está minimamente alinhado, está lá tudo sobreposto e exatamente por isso é uma música incrível. Por favor Rachel, não vá à praia, mais uma letra que se repete, não consigo entender sobre o que seria.
Rill Rill: Uma balada, com instrumentos identificáveis, basicamente um violão ou guitarra (só um pouquinho distorcido, mas dá até pra escutar as notas). O vocal doce de Alexis se sobrepõe ao backing vocal gravado por ela também. A letra fala sobre questões da adolescência (talvez). É a faixa menos abstrata do disco.
Crown On The ground: E de volta a batida e distorção, essa faixa é mais pesada e barulhenta, menos minimalista que as anteriores. Lenta e barulhenta, sobreposição, mas alinhada. Nem entendi a letra.
Straight A´s: Batida ritimica, uma guitarra base sobreposta, mais uma guitarra distorcida sobreposta e vocalizações. Muito legal, música de recortes, lembra um hardcore talvez. Para escutar no vomule absurdo.
A/B Machines: As máquinas A estão na mesa, e as máquinas B estão na gaveta. Repita isso muitas vezes, coloque uma guitarra distorcida e um monte de ruídos, uma bateria que nem está no resto da música, depois de tudo misturado deixe no volume PQP (é o volume logo depois do Absurdo) e escute uma ótima música.
Treats: E chegamos na música que dá nome ao disco. Treats fala do garoto da bateria, da banda de heavy metal, dos sonhos e de bombas dos céus, tudo bem surreal e recortado. A música é exatamente isso, imagine uma música típica de heavy metal, então recorte todos os elementos e os misture em outra ordem. Com o falsete de Alexis, é uma curta e ótima música para encerrar um disco tão legal, inovador e barulhento.
Tirando a média: ótimo disco de abertura, brilhante, inovador, rústico e, principalmente, distorcido.
Escute alto, de preferência com um som que tenha bons graves e divirta-se.
Não conhecia. Adorei. Já virei fã!
ResponderExcluirEu definiria como uma mistura de The Ting Tings com Prodigy. Rrsrsrr
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