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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sleigh Bells - Bitter Rivals


Eis que descubro que o Sleigh Bells já tem um terceiro disco quando começo a resenhar o primeiro Treats (2010). Peguei o disco na locadora do Paulo Coelho e ainda não escutei. Farei uma resenha experimental, resenhar na primeira escutada. Espero que tenha um bom resultado. Lançado em outubro de 2013.

Com vocês: Bitter Rivals

Bitter Rivals: Começa numa pegada agressiva, uma ótima letra sobre os piores e melhores dos tempos e matar o xerife da cidade. repete o refrão "Be not afraid" com energia e guitarras distorcidas, para ir para um segundo refrão "You are my bitter rival/But I need you for survival" em um ritmo mais dance.

Sugarcane: Distorções, mas já eu ritmo mais dançante e bem menos abstrato, não tem a energia da música de abertura, mas soa bem. o vocal de Alexis está ótimo e combina bem na música. A letra conta sobre o queima de cana de açúcar, a grama verde e o furacão e ver as coisas como um rei e mesmo que ela tente, não consegue o resgate. É claro que é uma metáfora. o refrão é ótimo só dizendo: beware, beware...

Minnie: Esta música tem inspiração na Les Fleurs de Minnie Riperton, eu descobri isso enquanto procurava a letra de Minnie no google. Eu não conhecia Minnie Riperton, nem Les Fleurs, é uma linda música que deixo aqui. recomendo muito.




De volta a faixa Minnie: começa com a marcação de tempo, guitarra e entra o vocal de Alexis de forma bem agressiva. O ritmo é bem para o rock, mas cheio de variações.

Sing Like a Wire: Depois de uma faixa pesada, vem algo bem pop, vocal sussurrado no melhor estilo Prince ou Michael Jackson, uma batida acompanhando bem dançante, então explode em um refrão cheio de som, com gritos e instrumentos, em uma batida bem dance. e assim continua alternado.

Young Legends: Mais uma faixa pop dançante, com autotune e tudo mais, bastante dançante, dá pra enfiar em um cd da Shakira e ninguém notaria. mas é claro, é Sleigh Bells, então a letra dançante é sobre lendas morrerem jovens o tempo todo, mas não se preocupe com isso, só feche seus olhos. Bem diferente de todas as outras faixas. E segundo uma nota que li, esta é a música preferida de Derek Miller deste álbum.

Tiger Kit: E voltamos para a guitarra distorcida, vocal e barulhos de animais de fazenda (WTF??!) Não é tão distorcida ou pesada como as músicas dos outros discos ou a de abertura desse, mas já volta ao Sleigh Bells que eu me acostumei a escutar. Um tigre não pode ser domado, então faça como uma banana e divida-se!

You Don´t Get Me Twice:  Começa com uma boa mistura de guitarra e batida pop, vai para um voz violão e volta para pop do começo, e nem saímos da primeira estrofe ainda. É um c música irregular, o que segura as partes é a batida. são muitos recortes colados, as vezes sobre postos, outras vezes justapostos. A música é sobre não ter uma segunda chance, olhos sedutores e um coração no gelo.

To Hell With You: Parece R&B, começou assim pelo menos, mas descambou para uma balada pop, com alguma distorção nos instrumentos. Uma canção de amor, ela quase morre em julho, mas vai para o inferno com ele, ali está a prova.

24: Mais uma faixa bem dance, mesmo efeitos e instrumentos, bem ritmados e de maneira leve. a música é sobre ver, aprender, mentiras e algo do tipo. Acaba com o refrão "And I Could make him see".

Love Sick: Se tirar as guitarras distorcidas poderia ser um dance clássico, bem pop e dançante. Tem um back vocal, mas não parece gravado pela Alexis. Tem pausas com solo de guitarra, que lembram, vez ou outra que esse não é um dance qualquer. E então do nada vai pra uma voz sussurrada e uma percussão leve com uma guitarra baixa ao fundo. e acaba.

É um bom álbum, algum tipo de evolução, está mais pop, bem mais variado, menos distorcido e alternativo. Os dois primeiros me agradaram mais que este, mas ele merece ser escutado mais vezes.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Sleigh Bells - Reign Of Terror.


E em 2012 veio o segundo disco Reign Of Terror. Já mais famosos, mas ainda não tinham estourado. Um ótimo disco na pegada do primeiro.



True Shred Guitar: O disco começa com uma pancada distorcido ao vivo. Mais distorção, vocal forte, e mais um pouco de distorção, bem parecido com as músicas do primeiro disco. A guitarra e a voz dividindo o primeiro plano.

Born To Lose: música de ritmo pesado, bem distorcida, com um vocal sereno de Alexis cantando sobre nascer para perder e suicídio. Um repique de bateria deslocado, quase que colocado ao acaso, e um final sinistro em um solo de guitarra. Alexis faz back vocal com ela mesmo.

Crush: A guitarra, a batida e o vocal estão lá, mas há elementos novos nessa música, ruídos de multidão, outros ruídos difíceis de identificar. Muita sobreposição. Soa muito bem para mim, um monte de recortes bem encaixados.

End Of The Line: Uma faixa mais leve, menos abstrata, com uma guitarra coerente, vocal leve, efeitos eletrônicos e bateria. Uma pausa na pancadaria do disco. Excelente música introspectiva, a letra também é mais coerente e menos sopa de versos que as outras. É a história de uma despedida.

Leader of The Pack: No meio das guitarras e batida um vocal melancólico canta sobre alguém lembrar de um tempo que podia acreditar em mentiras, e acaba com a repetição de que ele não volta mais.  mais triste que o restante do disco.

Comeback Kid: Com instrumentos que poderiam estar em um grupo de heavy metal , mas em outra ordem, a voz de Alexis se destaca falando que é difícil, mas que o garoto pode vencer e voltar algum dia. As letras desses álbum são mais trabalhadas que do álbum anterior.


Demons: Começa com uma guitarra que poderia estar em Qualquer banda de Heavy Metal, vem a bateria que poderia estar junto, então o vocal de Alexis entra com a mesma energia. Essa é uma faixa, que com poucas mudanças de arranjo é um heavy metal bem clássico, até a letra sobre demônios, purificação e fogo encaixa perfeitamente. Para uma banda lo-fi e noise pop é bem interessante uma faixa dessas que enfraquece barreiras entre o metal e o pop dançante. (quantos metaleiros gostariam de arrancar minha cabeça no momento?)

Road to Hell:  essa já lembra algum tipo de glam, em partes, depois descamba para um lo-fi com as guitarras distorcidas de Miller. Acho incrível essa destruição de gêneros que Miller faz. Numa voz adocicada Alexis canta sobre o caminho para o inferno (refrão da música).

You Lost Me: Uma música lenta e cheia de distorções. Alexis canta em um tom sereno sobre estar pronta para morrer e como nós poderemos cantar da cova. Acho incrível isso no Sleigh Bells, essa diferença quase bipolar entre a agitação ou serenidade da música com as letras lúgubres.

Never Say Die: Mais um começo que poderia ser de uma banda de Heavy Metal, mas a música segue por outro caminho, com uma guitarra base bem marcada e uma batida mais homogênea, Alexis canta de modo lírico, quase como contando uma história, outros elementos completam uma música bastante coesa e sem grandes distorções ou sobreposições fora de ritmo.

D.O.A.: A ultima música do disco segue por um lo-fi meio triste, no geral este disco é mais sombrio que o anterior. Uma linda música cantada sem interrupções acompanhada pelas distorções e instrumentos de sempre sem grandes variações.

Reign Of Terror é um excelente disco, não é surpreendente como Treats, mas era de se esperar, não dá pra revolucionar duas vezes a mesma coisa. Mesma recomendação do anterior: Escute alto em um som com bons graves.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sleingh Bells - Treats


Quando conheci Sleigh Bells em 2011, eu escrevi que era um som pra todo mundo, críticos de verdade disseram o mesmo, sentamos e esperamos, tínhamos descoberto uma banda que ia estourar, todos escutariam e nós todos poderíamos falar: Eu já escutava antes! Bem, ninguém escuta Sleigh Bells, ninguém que eu conheço (ou quase ninguém), para quase todos que eu mostrei me perguntaram se eu tava zuando. Em uma viagem de carro, quando coloquei Sleigh Bells para tocar me perguntaram se eu ou o cd sairia do carro. Mas pelo que percebi, nos EUA Sleingh Bells tem bastante público.

Mas que diabos é Sleigh Bells:

 Duo de noise pop formado em 2008  no Brooklyn - Nova York. É formado por Derek E. Miller (guitarrista, produtor e escritor[em outras palavras: TUDO!]) e Alexis Krauss (vocal). Seu primeiro EP de 2009 é Sleigh Bells e seu disco de estréia e Treats de 2010, seguido por Reign of Terror (2012) e Bitter Rivals (2013).


Treats:
É um disco bem moderno, cru e distorcido, e bota distorcido nisso, nesse primeiro álbum quase não se distingue instrumentos como eles vieram ao mundo. O estilo explica bem noise pop, é exatamente isso que se escuta.

Faixas:

Tell`Em: Começa com uma guitarra distorcida e um e uma batida mais distorcida ainda, pesado para o padrão pop. O vocal leve se contrapõe. A letra se repete e se alterna junto ao ritmo, uma letra provocativa indagando sobre a juventude ser assim. Nada muito profundo, é a pancada da melodia que conta.

Kids: Começa com a guitarra distorcida, parece um tipo de sirene, a batida eletrônica acompanha, o som é sujo e distorcido. Alexis canta sobre a praia, água, férias e sangramento no nariz. A música tem uma narração incidental e pauas. Muito boa.

Riot Rhythm: Batida suja, guitarra distorcida e um vocal lírico, segue um back vocal gritado, como líderes de torcida. Melhor amiga, lutar contra raios e revolta contra disciplina.

Infinity Guitars: a batida nessa música é mais predominante que a guitarra, lembra algo mais de gueto do que do Broklin, O vocal é mais gritado, música para escutar bem alto. A letra não tem grande importância, algo sobre acordes surdos, guitarras infinitas, caras heterossexuais. O clímax da música é na aprte final quando a guitarra entre duma vez, pena que ela acabe nessa parte, essa é uma música que eu fico com vontade de saber o que acontece depois, mas ela simplesmente acaba.


Run The Heart: Vocalizações, distorções, batida eletrônica e barulhos montam uma melodia melancólica e um tanto dançante. Sobre relacionamentos e saber o que é melhor para o outro. A letra repete alternando com o ritmo.

Rachel: Uma guitarra distorcida, mais um instrumento mais distorcido ainda, talvez outra guitarra, uma percussão que toca intercalada, como um estalo, e um vocal melancólico. Nenhum dos elementos está minimamente alinhado, está lá tudo sobreposto e exatamente por isso é uma música incrível. Por favor Rachel, não vá à praia, mais uma letra que se repete, não consigo entender sobre o que seria.

Rill Rill: Uma balada, com instrumentos identificáveis, basicamente um violão ou guitarra (só um pouquinho distorcido, mas dá até pra escutar as notas). O vocal doce de Alexis se sobrepõe ao backing vocal gravado por ela também. A letra fala sobre questões da adolescência (talvez). É a faixa menos abstrata do disco.


Crown On The ground: E de volta a batida e distorção, essa faixa é mais pesada e barulhenta, menos minimalista que as anteriores. Lenta e barulhenta, sobreposição, mas alinhada. Nem entendi a letra.

Straight A´s: Batida ritimica, uma guitarra base sobreposta, mais uma guitarra distorcida sobreposta e vocalizações. Muito legal, música de recortes, lembra um hardcore talvez. Para escutar no vomule absurdo.

A/B Machines: As máquinas A estão na mesa, e as máquinas B estão na gaveta. Repita isso muitas vezes, coloque uma guitarra distorcida e um monte de ruídos, uma bateria que nem está no resto da música, depois de tudo misturado deixe no volume PQP (é o volume logo depois do Absurdo) e escute uma ótima música.

Treats: E chegamos na música que dá nome ao disco. Treats fala do garoto da bateria, da banda de heavy metal, dos sonhos e de bombas dos céus, tudo bem surreal e recortado. A música é exatamente isso, imagine uma música típica de heavy metal, então recorte todos os elementos e os misture em outra ordem. Com o falsete de Alexis, é uma curta e ótima música para encerrar um disco tão legal, inovador e barulhento.

Tirando a média: ótimo disco de abertura, brilhante, inovador, rústico e, principalmente, distorcido.
Escute alto, de preferência com um som que tenha bons graves e divirta-se.