E o segundo e (por enquanto) ultimo disco do No More Kings. No site oficial eles já lançaram vários singles, mas sem compilar nenhum disco. Talvez não o compilem nunca, neste caso volto a falar deles e resenho as músicas soltas mesmo. (essas coisas modernas de vender música avulsa podem virar um problema pra esse blog um dia).
O segundo disco, and the flying boombox, é quase todo em funk e disco. O que foi uma excelente novidade, não é mais do mesmo, agora todo dançante e cheio de falsetes e vozes de robô. Os temas continuam flertando com a cultura pop.
Vamos ao disco
1- Obey de Greoove: No melhor estilo funk dos anos 70, com falsete e voz de robô, conta sobre um boombox voador resgatando alguém de Footloose e viajando pelo sistema solar. ótima música de entrada, bem dançante e animada. Mostra bem o tom do disco.
2- Dance Alone: Segue a linha da primeira música, mais disco, tem um solo de guitarra bem legal e a letra me parece inspirada em embalos de sábado a noite. Mas nenhum comentário oficial da banda sobre isso. O ritmo é uma boa emulação do disco dos anos 70, mais falsete e voz de robô, mas mais animada que a música de abertura.
3- Something to Hide: Uma música mais para o rock, mas bem puxada para os anos 70 (essa não tem voz de robô). O ritmo é bem legal, cheio de pausas, a letra nem tanto, mais uma música sobre privacidade e tempos modernos. Não chega a ser ruim, mas não é tão boa quanto as outras letras da banda.
4- Critical Hit: A minha música preferida desse álbum. Critical Hit tem uma batida bem funk, algo que tocaria em algum lugar nos anos 70. O vocal segue sem grandes variações, tem um back vocal bem legal no refrão. A música usa de um trocadilho de uma partida de RPG onde alguém tira 20, um critical hit, com o critical hit sendo traduzido como sucesso de crítica. Michell, no blog da banda, disse que gosta de imaginar um dos caras que batia nele no colegial por jogar Dungeons ans Dragons, dançando e cantando critical hit sem saber do que se trata. Ótima múisca, ótimo refrão e nada mais legal que todos dizendo "Oh Yeh, Critical Hit" quando aguenta acerta e dá o dobro de dano.
5- King of Rock - Sucka Mcs: É puxada para o Rap, mas nem tanto assim, fala de um garoto branco sendo Mc e indo para a faculdade. Não achei referência no site da banda. Aparentemente é um tipo de resposta ao King of Rock do Run DMC, pode ter outra referência mais obscura, mas não saquei qual é.
6- Circle Gets a Square: Uma parada na batida disco e vem uma balada. com um belo back vocal, uma música leve, mais puxada para o pop/rock do primeiro disco. Não existem notas da banda sobre o tema da música, a imagem oficial é de um astronauta dividindo a tela com uma partida de tetris, pode ser uma opção. Mas estou mais inclinado a achar que se trata de uma partida de jogo da velha. círculos colocados em quadrados e com X em todos os cantos. E como é a vida, uma música sobre jogo da velha me fez parar e pesquisar sobre o que ela era. Gostei da música e da letra.
7- Leroy and Me: Um funk anos 70 com todo a parte de sopro que se tem direito, poderia passar pela música tema de algum seriado policial dos anos 70 tranquilamente. Acredito que a letra fale sobre a dupla de policiais enfrentando situações clichês em séries policiais. Como não ligar para lei e dar a volta para pegar os bandidos, isso é uma hipótese minha, não encontrei nenhuma referência. Recomendo muito a versão ao vivo com Terry Fator : http://www.youtube.com/watch?v=iyPV-uLNXEQ
8- Paper Airplane: Completamente funk, algo que James Brown teria cantado, tá o vocal seria completamente diferente, mas o resto da música parece bem autêntica dos anos 70. Começa com uma entrada de piano, tipo piano bar, ai vem o funk com os instrumentos de sopro e a guitarra. A letra é sobre um avião de papel voando de acordo com o tempo, ou é uma metáfora sobre as oportunidades da vida, funciona dos dois jeitos.
9- Write me a Letter: Uma triste música dos anos 70, alguém que está partindo, não está se sentindo bem e pede para que alguém escreva-lhe uma carta. Não identifiquei referências, pra falar a verdade fiquei totalmente perdido nessa.
10- Robots Don´t Cry: Depois de Critical Hit essa é a minha preferida do álbum. Com o nome obviamente inspirado no sucesso do The Cure, Robots Don´t Cry é obviamente sobre o filme "Um robô em curto circuíto". (talvez seja sobre a franquia e não apenas só o primeiro filme). Um pouco mais melancólica que as outras músicas do disco, não poderia ser diferente, quem já assistiu ao filme sabe do que estou falando, tem ótima letra e melodia. Adoro o back vocal dizendo "hold on" e o instrumental é ótimo.
11- Cellphone: Pelo título essa poderia ser mais uma música sobre namoro não correspondido ou sobre o cara que pega todas na balada e marca o telefone das garotas no celular, mas é de No More King que estamos falando aqui. A música é sobre o mago Merlin e seu celular, e o rei Arthur que liga apenas quando precisa de algo, com seus mandos reais e não tem tempo para conversar com o amigo que lhe ajudou tanto. É muito interessante como a música coloca personagens de fantasia numa situação tão comum. Eu já gostava da baladinha que é essa música, ela parece ter muito mais em comum com o primeiro disco do que este, e achava a letra intrigante, mas só consultando o site da banda que descobri do que a letra realmente tratava.
Assim encerro (por enquanto) a resenha dos discos dessa excelente banda um tanto obscura. E acredito muito que os meus textos (incluindo o que escrevi no meu blog em 2011) e o disco anterior, as únicas resenhas em português dessa banda.
Minha próxima resenha é de um disco só, mais geek do que No More Kings e muito indie.
Essa banda me lembra MUITO o Jamiroquai, só que com letras nerds.
ResponderExcluirEsse segundo álbum mais ainda, o que é bem bacana.
Tô curtindo muito!
Agora, vale ressaltar que o tema da "Cellphone" é o mais genial! Eu ri muito!
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