quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Boas Vindas - Parte III

Oi, eu sou o Salinas! E este é o meu primeiro post no Disco a Disco. Não tenho formação musical mas tenho curiosidade, e vou contribuir aqui no Disco a Disco com os clássicos que todo mundo "conhece", mas nem todo mundo parou e sentou pra ouvir.

Quando criança eu não tinha interesse em música. Meus pais tinham uma vitrola e muitos discos, mas a família não era daquelas que ouvia música o tempo todo. E eu, tava mais nos meus brinquedos, depois no video-game, computador. O único na família que curtia mais um som era um tio, roqueirão à antiga, fã de Kiss, Rush, Uriah Heep etc, mas na época, eu achava isso "coisa de adulto".

A primeira música que lembro de ter gostado no rádio era "Walking on the Sun". Estávamos em 1998 e eu estava no ensino médio. Tinha ganhado um walkman no natal anterior e estava pegando o hábito, mas ainda sem muito interesse. Meus amigos eram nerds como eu, o assunto geral era games. Lembro de um cara na classe q ficava com fone de ouvido o tempo todo, inclusive nas aulas. Um outro era completamente louco, alucinado por Ramones. Nos trabalhos de inglês rolavam uns Oasis, nos de português, Titãs, e no pátio aquele cara tocando Metallica no violão. E claro, as meninas sempre apaixonadas pelos carinhas lá das boy bands. Outros clássicos do meu radinho nessa época eram "Vapor Barato" e "O Mundo não Para de Girar" . Elas tocavam bastante na rádio e rolava aquele "oba" toda vez...

A coisa só mudou no meu primeiro emprego, em 2000. Era uma assistência técnica de PCs. O pessoal era doidão, copiavam música entre eles feito loucos. Peguei em cheio a época da febre do Napster, que na época era gratuito, e da baixação desenfreada. (Na real a internet discada ~freava~ bastante.) Mas começou um tal de trazer pra casa CDs gravados com MP3, aquelas pastas malucas juntando Frank Sinatra com Beastie Boys, Skamoondongos e Mastruz com Leite. Devo ter esses CDs até hoje guardados no armário.

A gente tinha um HD gigantesco pra armazenar tudo que o pessoal trazia. Naquele tempo 80 GB era muita, muita coisa. Ele era tão querido que tinha até nome, SILBERG. Uma cena típica:

- Ow, baixei três discos do Bad Religion ontem.
- Daora! Copia lá no Silberg q depois eu pego na hora do almoço.
- Aquele seu disco do Skuba é legal hein!
- Cara, aquele pacote de mídia acabou né?
- Sabadão vou lá na Santa Efigênia e compro mais pa nóis.

Eu copiava muita música, muito mais do que conseguia ouvir. E até hoje, tenho a obra completa do Pink Floyd no computador, e nunca parei pra ouvir DISCO A DISCO. Mas isso acabou, um dia vou poder escarafunchar a internet em busca de bandas underground, sabendo que os clássicos já estarão todos devidamente ouvidos e comentados aqui no blog!

Seja bem vindo ao Disco a Disco! Vou começar com um clássico que todo mundo idolatra, e eu só fui conhecer muito, muito tempo depois... só podia ser o mito, só podia ser Raulzito!



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