Olá, pessoas! (:
Com apenas dois álbuns de estúdio, a banda da bahiana Pitty,
já com sucesso consolidado e absoluto, lança em 2007 o {Des}Concerto Ao Vivo,
com o vídeo do show e o Making Of – {Des}Concert Ao Vivo – Exposé, detalhando o
controle e preparativos dos integrantes da banda quanto aos detalhes,
principalmente da vocal (como é sagazmente sugerido na primeira cena do vídeo,
quando os integrantes estão entrando no palco e a Pitty passa pela câmera do
backstage e dá uma ajustada no quadro), um verdadeiro “behind the scene”.
É o rock brasuca mostrando a quê veio... Porrada com vocal
feminino!
O pontapé inicial do show é com “Anacrônico”, a música que dá nome ao segundo álbum, com as
ilustrações do mesmo aparecendo ao fundo e câmeras em vários ângulos e efeitos
de foco, mudando com a velocidade que a música dita pra deixar a cena tão
agitada quanto a abertura merece.
Ainda em ritmo de porrada, a banda resgata do primeiro
álbum a “Admirável Chip Novo” e seu
clima revolucionário, com a mesma dinâmica de troca rápida de câmeras, mas
agora sem iluminação no fundo (que estampa a cara do segundo CD).
Pra tomar fôlego, o ritmo diminui de leve e entra a
apocalíptica “Semana que Vem”, e ao
fim se ouve o clamor apaixonado da multidão, que acompanha impecável cada
música, e num primeiro contato de saudação da cantora, ela já veste a camisa da
filosofia que acabara de cantar, dizendo que esta cantando cada música como se
o mundo fosse acabar depois da próxima...
Novamente com cara de “Anacrônico”,
entra em campo “Déjà Vu”, mantendo o
clima de “amando a Pitty como se não houvesse amanhã” vivido na pista lotada e
de braços inquietos.
No finalzinho da música, os músicos já tomam os trejeitos
de “Brinquedo Torto”, anunciando nas
entrelinhas a canção que segue, o hino
dos “desencaminhados”, que chega regada a distorções da guitarra do Martin,
quando entra a Pitty tocando os riffs da introdução...
Em seguida, a poderosa “Memórias”
e sua bagagem de crise existencial, que ganha um medley com “Leaving Babylon” (Sublime), e volta a crescer nos riffs da introdução e explode novamente.
Com um jogo especial de luz nos bumbos da música, “Na Sua Estante” entra e Pitty canta
com a voz rasgada, acompanhando com uma pandeirola vermelha e instaura
magicamente esse clima poderoso da canção, de uma despedida tão dolorosa quanto
necessária.
Finalmente, a primeira inédita do show: “Malditos Cromossomos”, rápida,
agressiva e nerd, que pega um apanhado de características, os traços do que
somos, genética ou “adestradamente”, e nos maldiz assim, portanto, num jogo de
palavras, confundindo os ouvidos e sentencia: “malditos como somos!”
Novamente com a Pitty tocando guitarra, é a vez da
esquizofrênica “De Você”, com tanta íra que a corda da guitarra estoura... Ao final
ela precisa pedir que lhe devolvam ao menos uma de suas palhetas, levadas do
pedestal do microfone, tinha que ser em SP, hein... rs.
Com a iluminação mínima em pontos isolados, começa o solo com
os power chords grungeanos de “No Escuro” e do meio pra frente, já sem a guitarra, a cantora incendeia a
música, some da vista, deitada no chão do palco, grita, levanta a galera.
E então o clima suaviza com a doce “Equalize”, apaixonada e
irresistível, um dos maiores sucessos da banda, e aquele momento do show quando
a vocalista tem vontade de cantar com um saco de papel na cabeça, e você canta
como se “love were such an easy game to play”. O momento “Own <3”.
Eis a segunda e última música inédita do show, “Pulsos”. Forte, com misto de frieza e
desespero, anseio suicida... O frio na espinha, tanto para o tentado, quanto ao
receoso pelo próximo. A cara dos lendários rockeiros que terão 27
eternamente...
É a vez da ~gringa~ “Ignorin’U” com a Pitty de guitarra na mão o tempo todo, compenetrada, envolvida... Como
quem se volta a si mesmo pra se acertar consigo e “to ignore u”.
A quase “Saideira” vem
levantar o quase final, “mais um copo quente pra pessoas um tanto frias” e uma
plateia tão envolvida quanto se pode estar!
Puxando um coro “A lá Ramones” de “Hey Ho, Let’s Go!”, junto com “I Wanna Be” começam os mosh’s e
ouve-se a plateia responder o refrão como se estivessem no pique das primeiras
músicas... A bomba é de adrenalina, e explode com mais de 1h de show rolando!
Num clima super punk instaurado, a rápida “Seu Mestre Mandou” termina de
incendiar a galera e a Pitty também se joga num tímido e rápido mosh, mas que
quase lhe custa a blusa...
Pra fechar, a auto-afirmativa e poderosa “Máscara”, com direito a fã no palco
cantando trecho errado e dominando microfone por 5 segundos de fama #fail, e um
final com solo vocal exausto e apaixonado, uma plateia eufórica, com cara de
“quero mais!”.
Segue link do show na íntegra, enjoy! (:
Até o "Chiaroscuro"
Tchau!
SENSACIONAL!
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